VÔLEI MASTER 2013: Estreante, Gilson "Mão de Pilão" é mais uma atração da décima edição

Written By Podio Sport on quarta-feira, 20 de novembro de 2013 | 17:42


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Ex-jogador da seleção brasileira é bi-campeão da Superliga e ídolo no Japão




Gilson 'Mão-de-Pilão'
SAQUAREMA, 19.11.2013 - Em 2013, o Vôlei Master está completando dez anos, e não para de agregar grandes nomes do esporte no Aryzão, em Saquarema (RJ), para um evento que une a prática à confraternização dos apaixonados pelo vôlei. Um destes nomes é Gilson Alves Bernardo, ou simplesmente Gilson "Mão de Pilão", como ficou conhecido o ex-jogador da seleção brasileira e ídolo da modalidade no Japão.

Aposentado das competições oficiais há quatro anos, Gilson (45) está participando pela primeira vez do torneio realizado no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, e se mostrou empolgado com a tônica do evento.

"O pessoal sempre me convidou pra vir, e eu nunca treinei com a seleção aqui, treinava na Urca e na Escola da Marinha. A estrutura é muito bacana, parabéns para a CBV por proporcionar isso para os nossos atletas e para essa família que é o voleibol", afirmou o ex-jogador, que também elogiou a troca de experiências entre atletas de diferentes regiões, sem vaidades.

"Tem gente de vários lugares do país, é muito legal mesmo. Aqui não importa o que você é ou o que você foi e, sim, estar aqui, confraternizar. A gente fica feliz em saber que as pessoas acompanhavam o trabalho da gente, a seleção brasileira, mas o melhor daqui é que você conhece pessoas e faz novos amigos. Até pelas pessoas que estão aqui influenciarem os filhos, os netos. É a certeza de que o voleibol não vai morrer tão cedo. Acho que deveria continuar por muito tempo", afirmou Gilson.

Além de brilhar com as camisas do Suzano e da Ulbra, pelo qual foi bicampeão da Superliga, o ponteiro também teve grande destaque quando atuou pelo Suntory Sunbirds, do Japão. Do outro lado do planeta, Gilson foi pentacampeão nacional e teve sua camisa 16 "aposentada" pelo clube, em forma de homenagem. Dos seis anos da experiência no país, ele destaca o respeito pelos ídolos e afirma que o Vôlei Master também é uma forma de preservar a história, não só dos atletas, como do esporte.

"No Japão, toda vez que eu ou qualquer pessoa que teve destaque lá entra num lugar, todo mundo reconhece, até as crianças, porque os pais contam histórias. O Brasil ainda carece um pouco disso. Então esse trabalho de mostrar quem jogou, onde jogou, quem viu jogar, para a criança e o adolescente, cabe a nós. Temos de contar essa história. Este é um evento que premia as pessoas que multiplicam opiniões, que comentam o vôlei. Essa troca de ideias, de opiniões e de histórias é muito importante. Eu tenho um lema comigo, que é o seguinte: se o atleta que não sabe a história do esporte que ele está praticando, não merece estar nesse esporte.", contou Gilson.

Por fim, Mão de Pilão, que foi medalha de ouro no Sul-Americano de 1995 e na Liga Mundial de 2002, além de conquistar várias outras medalhas com a seleção brasileira, brincou com a atual forma dentro de quadra, com a idade dos competidores e incentivou outros ex-atletas a comparecerem ao evento.

"Pode perguntar para o João (companheiro de time), que está levantando bola pra mim e deve estar pensando: 'Meu deus, esse cara jogou vôlei?'. Além disso tem umas cinco ambulância ali atrás, mas acho que ninguém enfartou até agora, não (risos). Mas acho que a vida é tão curta pra gente ficar 'ah, eu fui profissional, não vou jogar lá'. Desce do salto e vem brincar com todo mundo. Isso serve para os caras que estão receosos de vir aqui, pagar mico.. Eu mesmo já paguei um monte e não dói nada", finalizou Gilson.


A I / CBV
Foto / Amaro Tavares / Divulgação


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