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Amanda,Mari,Dani e Carol no Treino |
Neste confronto de decisões, a Unilever leva vantagem. São quatro títulos conquistados (05/06, 06/07, 07/08 e 08/09). No entanto, o atual detentor da medalha de ouro é o time do Sollys/Osasco, campeã nas temporadas 09/10 e 04/05.
A Unilever disputará a sétima final consecutiva. Todas as outras foram contra o time paulista. Para mais um duelo, Bernardinho acredita que as mudanças com relação a última temporada darão um ar diferente para a decisão.
"A Unilever está bastante modificada com relação a última Superliga e, mesmo assim, fizemos uma temporada regular. Isso é bom porque motivará o time. Temos vários desafios para esta decisão. A Mari está voltando depois de muito tempo fora por causa de uma cirurgia no joelho. A Dani Lins tentará se recuperar depois de um Mundial regular com a seleção. A Sheilla e a Juciely tentarão ser campeãs em casa e pela primeira vez como titular", afirma o treinador.
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Bernardinho |
Para não repetir o mesmo placar da última decisão, Bernardinho acredita que a obediência tática será essencial. "Jogar certo é a nossa chance de vencer. A Unilever precisará jogar muito bem taticamente e não poderá errar", encerra Bernardinho.
Na fase classificatória, a Unilever terminou com a melhor campanha. Nas quartas-de-final, eliminou o BMG/São Bernardo (SP). Nas semifinais, o time carioca não teve dificuldades para passar pelo Pinheiros/Mackenzie (SP), vencendo os dois jogos da série.
Já o Sollys/Osasco foi o segundo colocado na fase inicial. Nas quartas-de-final, a equipe paulista duelou contra o Banana Boat/Praia Clube (MG) e venceu. Nas semifinais, a equipe comandada pelo técnico Luizomar de Moura eliminou o Vôlei Futuro (SP).
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Treino Sollys/Osasco |
Quando questionado sobre quem é o favorito, Luizomar não tem dúvidas. "È uma partida sem favoritos por causa da qualidade técnica das jogadoras", diz o treinador, que acredita que o Sollys/Osasco vive um bom momento. "Nossa equipe teve uma temporada positiva. Nas semifinais, passamos por uma grande equipe, o Vôlei Futuro, o que nos motivou ainda mais", completa o treinador.
Mineirinha, Sheilla quer a medalha de ouro em casa
Sheilla está em casa na decisão da Superliga Feminina 10/11. A oposto da Unilever é uma das cinco mineiras que estarão em quadra, mas a única natural da capital Belo Horizonte. No currículo, a atacante soma três finais da competição e um título. E a conquista da única medalha de ouro foi justamente no Mineirinho, palco da decisão deste SÁBADO (30.04), e contra o mesmo adversário: Sollys/Osasco (SP). No entanto, naquela final Sheilla não era titular. Por isso, a quarta final ganha uma importância maior.
"Quero muito conquistar este meu primeiro título como titular. Naquele ano, eu era reserva da Elisângela e era muito nova. Agora, estarei novamente em casa e quero muito conquistar este ouro", diz Sheilla, que começou a jogar voleibol em 1997, no Mackenzie, clube da capital mineira.
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Treino Sollys/Osasco |
"Desde que voltei ao Brasil queria muito estar novamente numa final. Consegui depois de dois anos. Agora, a decisão ser em Belo Horizonte é muito melhor. Espero conquistar este meu primeiro título da Superliga, como titular, em casa, com a presença de amigos e da família", revela a atacante.
A oposto chega à final como a maior pontuadora da Superliga até o momento, com 475 pontos - 405 de ataque, 55 de bloqueio e 15 de saque. E Sheilla não poderá perder a posição, já que a única atleta que poderia ultrapassá-la é a oposto do Sollys/Osasco, Natália. No entanto, a adversária tem 383 acertos, uma diferença de 92 pontos.
Melhor atacante das duas últimas Superligas, Sheilla poderá ser a primeira atleta a ganhar três vezes seguidas este troféu. Além de Sheilla, Paula Pequeno (06/07 e 07/08), Renatinha (05/06 e 04/05) e Karin Rodrigues (96/97 e 97/98) foram eleitas melhor atacantes por duas vezes consecutivas.
No momento, Sheilla não pensa nas premiações individuais. "Eu não jogo sozinha. Se ganhei essas premiações foi porque tive uma excelente equipe que me ajudou a se destacar. Sempre tive também boas levantadoras ao meu lado. A Fofão, no time de São Caetano, e agora a Dani Lins. É claro que se ganhar o título e também este troféu será ainda melhor", ressalta Sheilla.
Nas arquibancadas, Sheilla terá uma torcida de peso. "A maioria da minha família estará aqui. Além disso, já distribuí mais de 100 ingressos para familiares e amigos. Se depender de mim este Mineirinho estará lotado. Todos os dias, eu convoco a torcida", diz Sheilla.
Fênix das quadras
A campeã olímpica Jaqueline Carvalho tem uma carreira marcada por títulos, contusões e voltas por cima. Em 2002, um ano após a conquista do Campeonato Mundial juvenil, a atleta passou por duas operações no joelho esquerdo. Já em 2006, a atleta foi um dos destaques do Brasil na campanha do vice-campeonato mundial adulto do Japão. Um ano após a medalha de prata, a jogadora ficou de fora dos Jogos Pan-Americanos, ao ser suspensa por doping pelo consumo de um moderador de apetite. A atleta retornou à seleção a tempo de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Ano passado, Jaqueline foi a melhor jogadora da decisão da Superliga Feminina e ajudou o Sollys/Osasco a conquistar o título. Nesta temporada, Jaqueline teve, mais uma vez, que se superar. Em fevereiro, na abertura do returno da Superliga Feminina, sofreu uma contusão no joelho direito e teve que passar por uma artroscopia. Para surpresa de muitos, Jaqueline retornou às quadras em tempo recorde e teve papel decisivo nos playoffs. Neste SÁBADO (30.04), a campeã olímpica será uma peça essencial no esquema do Sollys/Osasco que buscará o quinto título do torneio contra a Unilever, às 10h, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte (MG). A TV Globo e os canais Esporte Interativo e Sportv transmitirão ao vivo.
"Passei por momentos muito difíceis de superação. Você sempre tem aquela dúvida se voltará a jogar no mesmo nível. Sabia que a operação, neste ano, não seria tão complicada como as minhas primeiras duas cirurgias, mas o medo sempre existe", diz a jogadora.
A ponteira do Sollys/Osasco explicou que, durante o período da cirurgia, um filme passou pela sua cabeça. "Eu lembrei de todo o processo vivido nas minhas outras operações. A minha recuperação foi surpreendente e tenho que agradecer a todo o grupo que sempre me apoiou", afirma Jaqueline, que esteve no Mineirinho no último domingo para ver o Sesi-SP, do marido Murilo, ser campeão da Superliga Masculina.
"Nosso time está mais redondinho do que no ano passado. Temos tudo para fazer um grande jogo. Sem contar que são duas equipes que se conhecem muito bem. Um verdadeiro clássico", finaliza a jogadora.
Desta vez, será Murilo que irá se transformar em torcedor. O ponteiro da seleção brasileira já confirmou presença na decisão. Outro campeão mundial que estará no Mineirinho será o central Sidão. Campeão com o Sesi-SP, retornará ao ginásios para torcer para a namorada Dani Lins, levantadora da Unilever.
Mari está de volta a uma decisão
A ponteira Mari está de volta à decisão da Superliga Feminina. Depois quatro temporadas, a atacante será novamente uma das principais armas de uma equipe finalista da competição. A atacante disputou quatro finais (02/03, 03/04, 04/05 e 05/06), foi campeã nas três primeiras e medalha de prata na última. Naquelas ocasiões, era uma das estrelas do Finasa/Osasco (SP), atual Sollys/Osasco. Na edição 10/11, Mari estará do outro lado da quadra, com a camisa da Unilever. A final será neste SÁBADO (30.04), a partir das 10h, no ginásio do Mineirinho, e terá transmissão ao vivo da TV Globo e dos canais Sportv e Esporte Interativo.
Na primeira temporada que foi campeã, Mari era pouco utilizada na equipe de Osasco. Na Superliga seguinte (03/04), jogou mais e foi eleita a revelação e a melhor atacante da competição. No título da edição 04/05, foi eleita o melhor saque. No entanto, a última recordação de uma decisão não é positiva para a atacante. Na Superliga 05/06, o time paulista perdeu justamente para o Rexona-Ades, atual Unilever.
"Apesar da derrota, saímos de quadra daquela final com sentimento de dever cumprido. O Osasco tinha passado por muito maus momentos. A Paula quase não jogou porque estava grávida e eu estava voltando de uma cirurgia no ombro. Estava sofrendo o pior momento da minha vida de atleta. Eu queria, mas não tinha a mesma potência. Com tudo isso, conseguimos levar a decisão para a quinta partida e mostramos o valor daquele grupo", recorda Mari.
Mas, agora, Mari está de casa nova e comemora a oportunidade de voltar a disputar uma decisão. Depois que disputou a decisão 04/05, Mari jogou duas temporadas na Itália e, nas últimas duas, defendeu a equipe do São Caetano/Blausiegel (SP).
Para Mari, esta Superliga é de superação. A jogadora ficou cinco meses longe das quadras, recuperando-se de uma cirurgia no joelho direito, e só voltou a jogar em fevereiro. Sete meses depois da operação, Mari estará na decisão da Superliga.
"Unilever e Sollys/Osasco mereceram chegar à final. Foram as equipes de melhor campanha. Agora é hora de colocar o coração em quadra. Quem tiver mais vontade de vencer vai sair com este título. Tudo que os times fizeram até agora não vale mais nada. Agora, é o jogo. È vida ou morte", garante Mari.
Como conhece bem o time adversário, Mari aponta os principais perigos das adversárias. "O time todo é muito perigoso. É um grupo que está junto há muito tempo. Eles não mudaram nada da última temporada. Além disso, é a equipe que tem a melhor linha de passe da Superliga. A Carol (levantadora) joga sempre com a bola nas mãos. Além disso, as duas centrais (Adenízia e Thaísa) são referências e o ataque de toda a equipe também é muito forte", analisa Mari.
Suelle quer presente de aniversário atrasado
Suelle é fruto do projeto social da Unilever (RJ). Em 1997, começou a carreira na equipe, que naquela época ainda tinha Curitiba como sede. Na temporada 10/11, voltou ao time que a revelou e disputará a primeira final com a camisa da Unilever (RJ). Nesta sexta-feira (29.04), Suelle completa 24 anos e confessa que quer o presente de aniversário atrasado. Para a ponteira, a vitória do time carioca sobre o Sollys/Osasco (SP) na decisão da Superliga Feminina 10/11 será o melhor presente que poderia receber.
"Já avisei que posso ganhar meu presente atrasado. Esta é a primeira vez que passo meu aniversário dentro de quadra, treinando. Antes, eu sempre estava de férias e passava com a minha família. Desta vez, estou comemorando ao lado da minha segunda família", diz a jogadora, de 24 anos.
Suelle começou a jogar voleibol com apenas 10 anos, em Curitiba. Depois de 14 anos, a jogadora realiza seu maior sonho. "Sempre sonhei em jogar uma decisão de Superliga no time que comecei. Agora este sonho virou realidade. Espero que essa realidade termine muito bem", revela Suelle, que afirma que vive o melhor momento de sua carreira. "Estou muito bem, mas quero evoluir. Quero continuar aprendendo com o Bernardo, um excelente técnico, e com as meninas que têm uma grande experiência".
Suelle já disputou duas finais de Superliga. Nas temporadas 07/08 e 08/09, defendia o time de Osasco e perdeu os dois campeonatos justamente para a Unilever. "Jogar uma final é sempre bom. O gostinho da prata é meio amargo. Quero ter a chance de sentir o gostinho do ouro", diz Suelle.
A Superliga 10/11 foi um grande desafio para a jogadora. Além de retornar ao time que a revelou, Suelle teve a missão de ser a substituta da campeã olímpica Mari, que realizou uma cirurgia no joelho direito e só retornou ao time titular no fim do returno. "Foi uma grande responsabilidade. Substituir uma campeã olímpica não é simples. Fiquei feliz porque pude ajudar a equipe e mostrei que tinha condições de manter o nível da equipe", diz Suelle.
No fim do treino da manhã desta sexta-feira, Suelle ganhou um bolo de aniversário e um cordão de uma fã. Quem também ganhou os mesmos presentes foi a levantadora Roberta, que completou 21 anos na quinta-feira (28.04).
Uma linha de passe de respeito
No ranking de recepção da Superliga Feminina 10/11, os três primeiros lugares são ocupados por jogadoras do Sollys/Osasco (SP). A líbero Camila Brait está na liderança com 66,67% de eficiência, seguida de perto pelas ponteiras Jaqueline (60%) e Sassá (54%). Com três especialistas na função, o time paulista lidera com folga o ranking desse fundamento alcançando 61, 93% de acerto. Neste SÁBADO (30.04) a levantadora Carol Albuquerque contará com a qualidade do passe das três jogadoras para vencer a Unilever (RJ), na decisão da competição, às 10h, no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte (MG). A TV Globo e os canais SPORTV e Esporte Interativo transmitirão ao vivo.
As campeãs olímpicas Sassá e Jaqueline tiveram a companhia de Camila Brait, ano passado, na conquista do vice-campeonato mundial, no Japão, com a seleção brasileira. Para a líbero, o convívio diário tanto na seleção quanto no clube ajudou as três a criarem um grande entrosamento.
"O fato de estarmos juntas por tanto tempo ajuda bastante. Eu conheço os trejeitos de cada uma. Acabamos nos conhecendo intuitivamente", explica Camila, que também possuiu uma grande admiração pelas companheiras.
"A Jaqueline e a Sassá são duas das melhores passadoras do mundo. Dá uma segurança muito grande olhar para o lado e ver a figura delas. Elas me ensinam diariamente", diz a líbero.
Para a mineira Sassá, que disputará sua a primeira final dentro do Mineirinho, o passe do Sollys/Osasco é uma das principais armas do grupo paulista que luta pelo pentacampeonato.
"Nos conhecemos bem e temos que fazer a bola chegar nas mãos da Carol, com qualidade. Ter a Camila e Jaqueline ao meu lado facilita as coisas. O fato de jogarmos juntas há algum tempo também ajuda no entrosamento", garante Sassá.
Já Jaqueline chama atenção para os dias em que uma das três não está bem. "Ter elas do meu lado gera tranqüilidade. O passe é um fundamento essencial para o grupo. Tem dias que uma não está tão bem e a outra acaba tomando uma posição maior na quadra. É bom ter essa segurança", finaliza a campeão olímpica, eleita a melhor jogadora da final do ano passado vencida pelo Sollys/Osasco por 3 sets a 2.
ÁRBITROS
1º - Paulo Beal (SC)
2º - Marcos Sales (MG)
A I / CBV
Foto / Alexandre Arruda / CBV / Divulgação
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