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Modalidade é vista como grande esperança de medalha para o Brasil, já que na categoria adulta o País é o maior campeão mundial
Santo André (SP) - O handebol de areia será uma das modalidades
disputadas na próxima edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2018,
em Buenos Aires, na Argentina. A decisão foi tomada na última semana
pelo conselho da Federação Internacional de Handebol, em Doha, no Qatar,
durante a disputa do Mundial Masculino. A modalidade irá substituir a
versão indoor e, segundo o presidente da Confederação Brasileira de
Handebol, Manoel Luiz Oliveira, este é um grande passo para que o
handebol de areia faça parte dos Jogos Olímpicos no futuro.
Feminino e masculino Adultos são os maiores campeões da modalidade |
Primeiramente, a proposta foi discutida em reunião entre o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e o presidente da IHF, Hassan Moustafa, depois levada a votação do conselho. Manoel Luiz, recebeu a notícia esta semana do vice-presidente da IHF, Miguel Roca, responsável pelas Américas, e viu de forma bastante positiva, levando em conta que o Brasil é o maior campeão da modalidade, sendo tetra mundial no masculino e tri no feminino. "Fiquei muito feliz com a notícia. Será uma grande oportunidade para o Brasil nos Jogos da Juventude e também um importante passo para que o handebol de areia seja olímpico. Além disso, segundo as informações, ele será disputado entre dez ou 12 países", revelou.
Para ele, esta também é um excelente oportunidade para investir nas categorias de base da modalidade, assim como é feito com o handebol de quadra. "Somos campeões nas categorias adultas e agora, temos a chance de preparar nossas equipes de base para este grande desafio. Tenho certeza que iremos revelar grandes talentos do futuro também. É uma grande oportunidade para fortalecermos a base no Brasil", completou.
Seleção Feminina comemorou o tricampeonato no Brasil |
Depoimentos
Stanley Mackenzie (diretor de handebol de areia da CBHb) -
"É uma grande evolução para o esporte. Com isso, vamos poder entrar nas
escolas. Com certeza, teremos mais espaço na mídia e, certamente, mais
recursos para trabalhar nas categorias de base. Hoje, temos a Taça
Brasil e o Brasileiro Juvenil que fomenta essa categoria, mas com
certeza, vamos trabalhar para ter ainda mais campeonatos. É uma das
melhores notícias desde que o handebol de areia entrou no Brasil.
Teremos um salto de qualidade em tudo."
Luiz Filipe Caldas (diretor de arbitragem)
- "Para nós é um passo fundamental. Será um divisor de águas. Irá
mostrar para as escolas, que é de onde esses atletas irão sair, como o
handebol de areia é praticado. Será uma ótima oportunidade para mostrar
ainda mais a modalidade. Será um passo muito importante para que o
handebol de areia se torne olímpico. Claro que isso implica em
responsabilidades também. Teremos que trabalhar e treinar mais, não
somente os atletas, mas também árbitros e todos os envolvidos. Temos
três anos para avançar."
Antônio Guerra (técnico da Seleção Masculina)
- "Não poderia ter nada melhor para o handebol de areia. No Brasil, já
temos uma cultura forte da prática da modalidade em escolas, com
destaque para alguns Estados como o Rio Grande do Norte. Isso não
acontece em lugar nenhum do Mundo. As crianças começam diretamente na
praia, em vez de migrar da quadra como é o mais comum. O melhor agora,
seria a inclusão do esporte nos Jogos Escolares, porque aí teríamos um
processo natural de competições. A modalidade seria alastrada ainda
mais."
A I / CBHb
Foto / Cinara Piccolo / Photo&Grafia / Divulgação
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