Ex-jogadora de handebol, Núbia Soares é campeã do salto triplo no Troféu Brasil

Written By Podio Sport on domingo, 12 de outubro de 2014 | 20:33


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Aos 18 anos, a atleta do Clube BM&FBOVESPA saltou 14,22 m para quebrar os recordes sul-americanos juvenil e sub-23 da prova e assumir a liderança do ranking mundial juvenil




São Paulo - Das quadras de handebol para o atletismo e o salto triplo, Núbia Aparecida Soares, de 18 anos, foi uma das gratas revelações do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA no Troféu Brasil, encerrado neste domingo (12/10), no Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera. Núbia saltou 14,22 m para ficar com a medalha de ouro, assumir a liderança do ranking mundial juvenil da prova e ainda bater os recordes sul-americano juvenil e sub -23 do salto triplo. O pódio foi todo da equipe do Clube BM&FBOVESPA, com a prata para Keila da Silva Costa (14,06 m) e o bronze para Tânia Ferreira da Silva (13,89 m). O Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, de Núbia, Keila e Tânia, conquistou o 13º título consecutivo do Troféu Brasil com 534 pontos, à frente do Pinheiros (399) e da Orcampi (238,5).

"Esperava saltar 14,01 m. Com isso, já conseguiria bater os recordes sul-americano juvenil e sub-23. Consegui tudo isso e mais a liderança do ranking mundial juvenil da prova. O Neilton (o técnico Neilton Moura, que treina as três atletas que formaram o pódio no Troféu Brasil) estava assistindo à prova do lado da pista. E brigava comigo, dizia que eu estava pulando amarelinha! Depois, ficou todo feliz! Mas era o esperado, eu falei que ia sair uma boa marca. Tive uma lesão no meio do ano, fui para o Mundial de Eugene e não deu muito certo. Depois, a equipe médica do Clube me deu todo o suporte, em 6 semanas fiquei zerada, sem dor."

Com a ousadia da juventude, Núbia, que só adotou o salto triplo há cerca de dois anos, já fala em quebrar a barreira dos 15 m. "Não me assusta em nada. Sei que posso fazer, é só saltar com técnica. Eu salto com velocidade e no segundo salto eu saio do chão muito rápido, mais rápido que qualquer pessoa no Brasil. Essa característica é só minha. O Neilton me diz para usar isso e, quando eu uso, vou longe. Se eu aperfeiçoar minha técnica, essa marca vai ficar fácil. Aqui do lado, tem a colombiana Caterine Irbaguem, campeã mundial do salto triplo, com 15,30 m. Eu até sei a marca que ela fez, mas levo uma vantagem: ainda sou bem nova", comenta Núbia, acrescentando que a base do handebol ajudou no triplo. "As três passadas do handebol são quase idênticas à do triplo."

Núbia pensa no futuro além das pistas. "No ano que vem quero ir para a faculdade, penso em fazer Física, adoro Exatas. Penso em começar, mas se eu vir que está muito pesado... porque 2016 está aí, né? Tenho de priorizar algumas coisas. Vai que eu deixo 2016 de lado e, de repente, em 2020 não dá certo. Tenho de investir no que está dando certo."

Keila, Núbia e Tânia: pódio triplo para o Clube BM&FBOVESPA

Talento em evolução

Sete vezes campeã do salto triplo no Troféu Brasil, Keila Costa elogia a companheira de equipe "Ela é muito talentosa. Até o Troféu Brasil do ano passado ninguém conhecia a Núbia. Mas depois daquele Troféu todo mundo sabia que ela tinha talento. Este ano ela veio para treinar com o Neilton e ainda é muito nova, muito crua na prova. Sabemos que ela vai melhorar muito. Uma das poucas que vai conseguir saltar 15 metros", aposta Keila.

Keila conquistou a prata, com 14,06 m e queria ter feito mais. "Mas foi bom. Minha melhor marca do ano é 14,13 m. Nem sabia se ia conseguir fazer o triplo e hoje até que saltei bem, depois das cãibras que senti no salto em distância e de uma dor na tíbia", comenta a saltadora.

Tânia Ferreira da Silva completou o pódio do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA no salto triplo no Troféu Brasil. Foi bronze, com 13,89 m. "Estava bem preparada e esperava mais, mas acho que a ansiedade atrapalhou um pouco. Fiquei satisfeita com a minha marca, que é meu segundo melhor resultado no ano, depois dos 14,04 m do GP de Belém", finaliza Tânia.


Mais informações: www.clubedeatletismo.com.br e www.clubedeatletismo.org.br


A I / Contrapé de Jornalismo 
Foto / Agência Luz / BM&FBOVESPA / Divulgação

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