Londrina, PR – Quem acompanha o basquete com certeza tem
guardado na memória os ganchos perfeitos de Josuel, ex-pivô do
Corinthians, Flamengo e Seleção Brasileira. Durante seus mais de 20 anos
de carreira, que tiveram como auge o ouro nos Jogos Pan-Americanos de
Winnipeg (1999), e o quinto lugar nos Jogos Olímpicos de Barcelona
(1992) e o sexto nos Jogos de Atlanta (1996), essa foi a jogada que mais
o marcou e também o modo como ele mais pontuava.
Hoje, já aposentado, Josuel é um dos Embaixadores dos Jogos Escolares da
Juventude, de 12 a 14 anos, em Londrina, no norte do Paraná. Com olhar
bem atento durante a disputa das semifinais da 3ª Divisão do basquete
feminino, nesta sexta-feira (dia 12), ele falou sobre a importância do
evento e a qualidade dos jovens atletas que disputam os Jogos.
“Infelizmente não tive a oportunidade de disputar uma competição como
essa. Comecei a jogar basquete aos 12 anos, no Guarujá, incentivado por
um tio com quem morava na época. Mas poder fazer parte dos Jogos
Escolares é de extrema importância para toda essa garotada, porque é
algo que vai além do jogo de basquete. O intercâmbio cultural que eles
têm aqui é inigualável. Sobre a parte esportiva, essa é uma oportunidade
única principalmente para os atletas das cidades mais afastadas do
norte e nordeste chamarem a atenção, já que muitos técnicos e olheiros
de seleções de base estão acompanhando os jogos. Temos muitos talentos
nessas regiões que precisam ser mais bem trabalhados e os Jogos
Escolares podem ser o pontapé inicial para isso acontecer”, comentou
Josuel.
Também presente em todos os dias na Clínica de Basquete 3x3, que está
sendo promovida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), no Centro de
Convivência dos Jogos, Josuel faz questão de estar o mais próximo
possível dos jovens atletas e fala sobre o prazer que sente ao ter esse
tipo de contato.
“Isso é a parte mais legal, é quando volto a me sentir criança. Aliás,
acho que nessas horas me divirto mais do que os próprios garotos. Na
minha opinião, isso tem muito mais valor para as crianças do que só ver o
atleta ou tirar uma foto”, disse Josuel, que completou: “O menino que
mais se destacou foi justamente o mais baixinho, que tinha passado mal à
noite e não pôde entrar em quadra com a escola dele. Então, aquele
momento ali foi o mais importante para ele durante a competição. E eu
gosto de brincar, instigar a garotada. Faço cesta e provoco, depois eles
devolvem a provocação. Acho que ser embaixador é isso, poder interagir
de uma maneira que as crianças jamais irão esquecer”, comentou o
ex-pivô.
"Poder fazer parte dos Jogos Escolares é de extrema importância para toda essa garotada", afirma Josuel |
Atualmente morando na cidade de Agudos, no interior de São Paulo, Josuel
comanda um Projeto do IGSE (Instituto de Gestão Sustentável do
Esporte), que tem ninguém menos do que a Rainha Hortência como madrinha:
“Atuo como coordenador do polo de Bauru. Como estou terminando a
faculdade de educação física, já comecei a dar algumas aulas de basquete
para a criançada. É um projeto muito grande, com captação de recursos
do governo, que dá toda a estrutura para que o basquete possa se
desenvolver da melhor maneira possível em toda a região”, explicou
Josuel.
A I / CBB
Foto / Bruno Miani / INOVAFOTO / COB / Divulgação
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