Hugo Balduíno e Thiago Braz são destaques no GP São Paulo

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Os atletas do Clube BM&FBOVESPA venceram suas provas e mostraram que são capazes de fazer uma excelente temporada ao ar livre em 2014 para o atletismo brasileiro

São Paulo - Hugo Balduíno de Souza, nos 400 metros, e Thiago Braz, no salto com vara, foram destaques do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA no Grand Prix São Paulo, neste domingo (4/5), na pista Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera. Hugo mostrou que pode ajudar a seleção brasileira do 4x400 m no Mundial de Revezamento de Nassau, Bahamas, dias 24 e 25. Thiago Braz, recordista sul-americano do salto com vara (5,83 m), se consolida como nome forte do atletismo brasileiro - para ele, a temporada internacional começa em Eugene, nos EUA, em junho, pela Diamond League. Os atletas do Clube BM&FBOVESPA conquistaram 11 medalhas (4 de ouro, 3 de prata e 4 de bronze) para o Brasil, em 20 provas. O GP teve 151 atletas de 16 países.

Hugo Balduíno e Wagner Cardoso: ouro e prata nos 400m

Hugo venceu os 400 m com o bom tempo de 45s62 e fez uma dobradinha com seu colega do Clube BM&FBOVESPA Wagner Francisco Cardoso, que levou a medalha de prata (46s54). O venezuelano Freddy Alberto Mazones ficou com o bronze (46s68). "Consegui colocar os treinamentos em prática na competição, mas tenho que melhorar. Os treinos nos EUA ajudaram muito (clínica da seleção com o multicampeão da prova, o americano Michael Johnson). A experiência de correr com atletas de nível mundial foi muito produtiva, amadureci muito", afirmou Hugo.

O corredor, que treina com o técnico Evandro Lázari, ocupa a 8ª posição no ranking mundial da prova com 45s09, sua melhor marca pessoal, feita nos Jogos Sul-Americano de Santiago, Chile, em março. "É claro que essas posições podem mudar. Consegui bons resultados, mas no mundo tem ótimos corredores e podem vir outras marcas melhores. Isso faz parte da preparação para o Mundial de Revezamento, estamos fazendo um grande trabalho e o resultado disso vai sair." 

Juliana teve torcida de Marílson: vitória nos 3.000 m

Hugo ainda respondeu sobre o ressurgimento dos 400 m no Brasil, com uma boa geração de corredores - a prova havia tido destaque no fim dos anos 90, principalmente com Sanderlei Parrela (prata no Mundial de Sevilha, em 1999, e 4º colocado na Olimpíada de Sydney). "Hoje somos em cinco atletas e posso dizer que o revezamento não tem titulares e reservas", observou Hugo, referindo-se aos seus dois companheiros do Clube BM&FBOVESPA, Wagner Cardoso e Jonathan da Silva, que também estão na seleção, além de Anderson Henriques (7º do mundo) e Pedro Burmann de Oliveira.

Thiago Braz vence salto com vara em primeira prova ao ar livre

Mais maduro, de olho na temporada ao ar livre

Thiago Braz tem apenas 20 anos, mas disse que se sente muito mais maduro e não fica pressionado por vitória em competições importantes como o GP São Paulo - venceu no salto com vara, com 5,40 m. A medalha de prata ficou com Cleber Damião da Silva (5,20 m) e a de bronze com Abel Curtinove (5,00 m).

"Esse amadurecimento veio depois que eu saltei 5,55 m no Mundial Juvenil (foi ouro, em Barcelona/2012). Passei a lidar melhor com as coisas, a ficar mais tranquilo", comentou. Thiago fez toda a trajetória até o recorde sul-americano adulto (5,83 m), desde os 15 anos, quando começou a treinar com o técnico Elson Miranda, no Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, na 'escola' ucraniana do técnico Vitaly Petrov, atualmente consultor de salto com vara da CBAt. Thiago também tem a medalha de prata ganha nos Jogos Olímpicos da Juventude de Cingapura, em 2010.

"Saltei 5,40 m em São Paulo e achei bom porque fiz a corrida com 16 passadas - mais para a frente vou usar 18 passadas. Eu ainda tentei 5,60 m porque ultrapassei o sarrafo bem alto na tentativa de 5,40 m, mas estava com dificuldade na corrida. Depois cansei. Mas acho que foi um bom início de temporada em pista aberta", analisou Thiago.

Nova geração

Thiago do Rosário André, que está classificado para competir no Mundial Juvenil de Eugene, nos Estados Unidos, nos 1.500 m, de 22 a 27 de julho, ficou com a medalha de prata nos 3.000 m (8min00s85) no GP de São Paulo, atrás de Carlos Antônio dos Santos (7min59s48), com o ouro, e à frente de Ederson Vilela Pereira (8min01s26), com o bronze.

"Foi muito difícil, foi a primeira vez que corri os 3.000 m, nunca tinha tido essa experiência. Eu fui confiante, mas ganhar ou perder era incerto. A segunda colocação foi maravilhosa, só tenho a agradecer ao meu técnico - o combinado foi que eu ficaria atrás na primeira volta e a frente, entre o primeiro e segundo, nas demais. Corri tranquilo, as pernas estão fadigadas, mas estou bem de cabeça", disse o jovem, de 18 anos, que treina no grupo do técnico Adauto Domingues, com Marílson Gomes dos Santos, no Centro de Treinamento (CT), do Clube BM&FBOVESPA, em São Caetano.

Thiago do Rosário André, destaque juvenil, prata nos 3.000 m

As medalhas do Clube BM&FBOVESPA
Ouro
Thiago Braz, salto com vara, 5,40 m
Juliana Gomes dos Santos, 3.000 m, 9min25s15
Hugo Balduíno de Souza, 400 m, 45s62
Darlan Romani, arremesso do peso, 19,71 m

Prata
Thiago do Rosário André, 3.000 m, 8min00s85
Wagner Francisco Cardoso, 400 m, 46s54
Diomar Noemio de Souza, 800 m, 1min50s50

Bronze
Josue Lima da Costa, salto em altura, 2,21 m
Jailma Sales de Lima, 400 m, 53s87
Izabela Rodrigues da Silva, lançamento do disco, 55,32 m
Vanusa Henrique dos Santos, 200 m, 23s47


Mais informações: www.clubedeatletismo.com.br e www.clubedeatletismo.org.br

A I / Contrapé de Jornalismo

Foto / Osvaldo F. / Contrapé / Divulgação