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Cansado, mas feliz, o bicampeão mundial do salto em distância, chegou ao Brasil nesta terça, recebeu premiação da sua equipe, o Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, na sede da Bolsa e, nesta quarta, segue para o Chile
São Paulo - Mauro Vinícius da Silva, o Duda, primeiro bicampeão mundial
indoor da história do atletismo brasileiro, viveu uma maratona na volta
ao País. Cansado, depois da noite no avião, mas feliz por retornar com
mais um título mundial no salto em distância, em Sopot (POL), com 8,28
m, desembarcou em São Paulo, no início da manhã desta terça-feira
(11/3), cercado por jornalistas. Acompanhado por repórteres, câmeras e
fotógrafos, o saltador seguiu para a sede da Bolsa, no centro de São
Paulo, para ser premiado por sua equipe, o Clube de Atletismo
BM&FBOVESPA, e atender a novos pedidos de entrevistas. Duda recebeu
300 gramas de ouro das mãos do diretor presidente da BM&FBOVESPA,
Edemir Pinto, pelo reconhecimento ao título mundial.
O reencontro com a família, que mora em São José do Rio Preto, vai ter
de esperar. Depois da premiação e das entrevistas, Duda voltou para
Guarulhos para ficar perto do aeroporto - segue para os Jogos
Sul-Americanos de Santiago (CHI), às 5h50 desta quarta-feira (13/3) - já
compete de novo nesta sexta-feira (14/3). "Estou muito cansado, mas
também muito feliz", afirmou com um sorrisão no rosto após a premiação -
seu técnico, Aristides Junqueira, o Tide, também foi premiado com 100
gramas de ouro.
O diretor presidente da Bolsa Edemir Pinto, que entregou a barra de ouro
a Duda e Tide, fez questão de parabenizar atleta e técnico. "É uma
emoção especial poder celebrar uma conquista tão marcante para o
atletismo brasileiro e o Clube BM&FBOVESPA. Sinto uma emoção
especial por poder premiar, por duas vezes consecutivas, o Duda,
primeiro bicampeão mundial indoor da história do atletismo brasileiro.
Duda passa a ser também o terceiro atleta do mundo a conquistar por duas
vezes o Mundial no salto em distância", ressaltou Edemir Pinto.
Duda morde a medalha: 'Cansado, mas feliz' |
O diretor presidente lembrou, ainda, a grande capacidade de superação, calma e confiança de Duda, ao conquistar seus títulos mundiais no último salto - foi campeão em Istambul/2012 também no último salto. "Foi até o fim, não desistiu. Por isso, é um exemplo para todos os atletas. E essa histórica conquista veio também pelo projeto de longo prazo do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, que já tem mais de uma década de trabalho por um esporte de ponta no nosso País. O Clube conta com parceiros que compartilham nossa visão de longo prazo e estão conosco há muitos anos nessa nossa caminhada de vitórias. Agradeço hoje e sempre à prefeitura de São Caetano do Sul, ao Pão de Açúcar, à Nike e à Caixa Econômica Federal", finalizou Edemir Pinto.
Tide mostra orgulho por ter levado Duda ao bi mundial |
Força contra medalhistas de Moscou
Duda lembrou que a prova do salto em distância em Sopot foi muito forte.
"Todos os medalhistas do Mundial de Moscou estavam lá. "Antes do último
salto, minha melhor marca tinha sido 8,06 m. O chinês (Jinzhe Li, prata, com 8,23 m)
já estava com o ouro na mão. Saltei, fiz 8,28 m e fiquei esperando o
último salto dele. De onde eu estava, não dava para ver a bandeira
vermelha, demorou um pouco para perceber que ele tinha queimado. Foi meu
amigo Tornéus (o sueco Michel Tornéus, bronze, com 8,21 m) que me avisou. ‘É sua, Duda!’. Não acreditei", contou Duda. "Isso mostra a importância de não desistir nunca, lutar até o fim."
Tide fez questão de lembrar que, quando sai um bom resultado, tem sempre
o ator principal, que é o atleta, e o coadjuvante, que é o técnico.
"Mas tem de ter patrocínio, apoio, toda uma soma de esforços para se
chegar ao sucesso, o que encontramos no Clube de Atletismo
BM&FBOVESPA. Vamos trabalhar muito para voltar aqui e receber outro
prêmio depois do Mundial de 2015 e dos Jogos do Rio, em 2016."
Duda, Fabiana e Thiago: homenagens pelo bom Mundial |
Thiago Braz e Fabiana Murer, que saíram do Mundial Indoor de Sopot com a
quarta colocação no salto com vara, também ouviram elogios. Para o
jovem Thiago, de 20 anos, a participação em seu primeiro Mundial Indoor
foi importante para ganhar experiência. "Fiquei satisfeito com o quarto
lugar, mas ao mesmo tempo triste por ter ficado tão perto de uma
medalha", disse Thiago, que saltou 5,75 m na Polônia, bem perto de seu
recorde sul-americano indoor de 5,76 m. "Não passei no último salto, que
seria de 5,80 m, talvez por falta de experiência, excesso de
adrenalina... Mas sei que tenho de me superar e mostrar para mim mesmo
do que sou capaz."
Apesar da quarta colocação, Fabiana também ficou satisfeita com seu
desempenho no Mundial - saltou 4,70 m, sua melhor marca do ano, a mesma
das três primeiras colocadas. "Tivemos o mesmo resultado, mas eu cometi
mais erros e acabei não conseguindo ir ao pódio", disse Fabiana,
acrescentando que foi crescendo ao longo da temporada indoor. A
saltadora garantiu que segue motivada para disputar os Jogos Olímpicos
do Rio, em 2016. "Quero ter a experiência de competir em casa e sentir
de perto o calor da torcida."
Como Duda, Thiago e Fabiana vão representar o Brasil nos Jogos
Sul-Americanos. "Apesar do cansaço da viagem desde a Polônia, é
importante disputar a competição no Chile para já tentar garantir um bom
lugar no ranking para a temporada ao ar livre", observou o técnico
Elson Miranda.
Mais informações: www.clubedeatletismo.com.br e www.clubedeatletismo.org.br
A I / Contrapé de Jornalismo
Foto / Agência Luz / BM&FBOVESPA / Divulgação
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